paixão.

Hoje, um bocado fora do habitual, gostava de falar da minha grande paixão: o teatro.
Há mais de 8 anos que utilizo os meus sábados à tarde para desenvolver esta arte. Com mais ou menos jeito, já representei uma peça em mímica, várias peças para crianças (entre elas, “O principezinho”) e mais recentemente tive a fantástica oportunidade de participar em duas peças encenadas pelo grande Alfredo Correia na Companhia Teatral de Ramalde. (“Estrada de Ferro” e “A Pátria das Camélias”). Após todas estas horas dispensadas no teatro, posso dizer que cada vez gosto mais do que faço. Gosto de representar, gosto da sensação de estar em cima do palco, gosto de poder deitar cá para fora tudo o que quero, gosto de exprimir todas as emoções, gosto de agradar ao público. Não sou, nem quero ser considerada uma artista. Gosto do que faço, gosto de aprender e gosto de já poder ensinar. E é exactamente nesta última parte que me quero centrar. Neste momento, assumo um cargo de alguma responsabilidade no grupo de teatro inTACTO. Embora todos estejamos responsabilizados pela encenação da nova peça que estamos a ensaiar, foi-me solicitado que assumisse o cargo de encenadora. E pronto, agora lá estou eu todos os sábados responsável por encenar mais ao menos 15 pessoas num musical da Disney. E porque nada acontece na vida por acaso, quero deixar uma mensagem a cada um dos que me acompanham todos os sábados.

Filipa: és das melhores pessoas que conheci, uma grande amiga e, apesar de muitas vezes não mostrar, és uma grande parte de mim. Já agora, tens mesmo jeito para representar.

Diana: a do pior feitio. Quanto te dá, é mesmo forte. Apesar disso, és querida, simpática e adoro o teu sorriso.

Sofia: Sem dúvida a mais diferente. Considero-te a mais madura e a mais frontal das 3. Tens uma voz bonita.

Carla: És minha prima, está tudo dito. Gosto de te ver em cima do palco, consegues enche-lo completamente e gostas verdadeiramente daquilo. De há uns tempos para cá, sinto que a nossa amizade está realmente mais forte e isso agrada-me.

Luís: És o “perturbador” dos ensaios. Tens imenso jeito para representar, tens uma voz mesmo bonita mas, por vezes (ou melhor, quase sempre) deixas o bichinho da brincadeira ultrapassar o bichinho do teatro e do mundo da arte.

Catarina: És a revelação. Estás muito mais sociável, gosto imenso da tua voz e nota-se que gostas mesmo de estar aos sábados com este grupo.

Sónia Costa: Tens uma voz bonita, cantas bem mas deixas a vergonha dominar-te. Deixa-te levar mais por aquilo que gostas mesmo de fazer e vais ver que é-te muito mais fácil.

Sónia Cunha: Trapalhona, divertida, irreverente. No meu ponto de vista, és a que mais dá de si em cada papel que representa. Gosto disso.

João: A tua força de vontade e o teu sorriso fazem-nos ver que realmente a vida vale por si só. És um exemplo para qualquer pessoa.

João 30: Sem dúvida, uma pessoa culta e bastante inteligente. O teu problema é que a maior parte das tuas ideias, para além de firmes, são fixas. E, por muito que digam que não tens razão, isso não muda nada.

Telma: A maior querida. És simpática, tens piada e tens jeito para o teatro. Gosto imenso de ti.

Nádia: O quanto mudaste, meu deus! Estás uma mulherzinha e acho-te a maior piada. Contigo ninguém está triste.

Béu: Bem… Que capacidade de adaptação! Andas lá há coisa de 2 meses e estás muito bem integrada. Acho que nos vamos dar bastante bem.

Inês: És nova no nosso grupo e ainda tens muito que aprender e muito que melhorar. Vai ser um trabalho bastante árduo, mas estou-me a preparar para isso.

Ricardo: Ok, não posso divagar muito. Entraste hoje, esperemos para ver. Para já, és simpático e senti-te à vontade em cima do palco.

Depois desta pequena mensagem individual, uma mensagem geral: quero agradecer por tudo o que me dão e por tudo o que me deixam dar a cada sábado que passa. Cada um de vocês tem o seu lugar especial no meu coração e é com muito prazer e muito orgulho que levo este trabalho para a frente. E é, acima de tudo, com persistência e com amor à fantástica arte (que é o teatro) que continuamos lá, todos e sábados (e agora quartas à noite) com discussões, com amuos mas sem vacilar, sem desistir, com entradas e saídas de novas pessoas. O grupo, o verdadeiro grupo que não arreda pé. Venha quem vier, venha o que vier. Esse, aconteça o que acontecer, nunca vai ser esquecido.

A vossa “encenadora” .