segunda-feira, 9 de abril de 2012

a sensação (reprimida) de amar.


"Uma vez sentei-me contigo num banco de jardim e o mundo fechou-se. Deixou de se fazer ouvir e até de se fazer ver. Lembro-me que, muito de vez em quando, uma leve brisa fazia mexer as folhas das árvores, que nesse movimento agitavam a já fraca luz do Sol. Era o vento a segredar-me que ainda havia vida para além de nós. E eu sorria-lhe a pensar que não.
Talvez tenha sido a primeira vez que me senti apaixonado por ti, porque foi de certeza a primeira que o meu corpo começou a desobedecer à vontade de abraçar alguém. Eu queria abraçar-te mesmo, mas o meu braço nunca me obedeceu. Com a vida, aprendi que é assim que o Amor se faz notar, com o corpo a estancar de forma violenta toda a vontade de quem Ama."


O corpo, esse traiçoeiro que nos reprime o que o coração quer mostrar e o que vai para além do nosso pensamento. Faz-nos abrandar, faz-nos pensar outra e outra e outra vez no que é melhor a fazer e, no fim de contas, faz com que a tomemos a decisão que menos nos agrada. Por vezes, os papéis deviam inverter-se e o coração devia comandar o corpo. Talvez assim as pessoas fossem mais verdadeiras e amassem mais. Há muita gente com falta de amor . Tanto para dar como para receber. há falta de romance, de paixões, de borboletas na barriga. E se o há, a culpa é do vosso corpo, que não se deixa guiar pelo coração. Não sejam amarrados por ele. Libertem-se! Mostrem todo o amor que têm para dar e não deixem que meia dúzia de ossos e um bocado de carne vos prive do sentimento mais bonito que há. Amem e deixem-se ser amados. E assim aproveitam o melhor da vida: o Amor.

sábado, 7 de abril de 2012

carrossel 8.

A vida, volto a dizer, é uma autêntica viagem de carrossel. Por vezes dá uma volta tão grande e tão repentina que nem sequer nos apercebemos do que realmente aconteceu e nem conseguimos aproveitá-la. Outras vezes, a volta é tão demorada e tão exageradamente aborrecida que desejamos que acabe no segundo seguinte. É um sobe e desce de emoções e sentimentos que avassalam o nosso coração e o fazem acelerar o latejo. É uma viagem sem fim marcado e sem retorno mas que, quando bem aproveitada, vale a pena. 

A vida é uma viagem de carrossel. Aproveita-a bem, nunca sabes quando é que estás a dar a última volta.
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