quinta-feira, 30 de junho de 2011

Take A Chance.

Um dia hei-de perceber porque é que a palavra "arriscar" dá sempre arrepios. Porque é que, quando queremos alguma coisa não apostamos tudo e, em vez disso, nos metemos sempre à defesa. Hei-de perceber porque é que temos assim tanto medo de não sermos bem sucedidos. 
E se nunca arriscarmos e depois descobrirmos que devíamos ter arriscado? E se perdemos a oportunidade da nossa vida? 
Porque é que em vez de ficarmos "a ver a banda passar" não partimos logo à luta? Podemos ganhar, podemos perder. Não sabemos. Mas porque não arriscar? Porque é que a palavra "arriscar" nos deixa tão inseguros? Porque é que não metemos todas as cartas em cima da mesa? Esta falta de coragem para arriscar é dos piores defeitos que o ser humano pode ter. E eu, como verdadeira humana que sou, tenho-o bem presente. 
"Take risks:  if you win, you will be happy; if you lose, you will be wise."


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terça-feira, 28 de junho de 2011

O que fica quando acaba o amor.

"Devia existir um manual de instruções para acabar relações.
A verdade é que sabemos sempre começá-las, agarramo-nos aos inícios com a sabedoria dos mágicos, operamos transformações milagrosas em nós próprios e no objecto do nosso amor, de repente tudo nos parece fácil e grato, sentimo-nos com asas como albatrozes, nas nossas costas cresce uma capa encarnada e carregamos no peito o símbolo do Super-Homem, tudo é divino e santo visto assim, o mundo não é um mundo, é um jardim, como diz Florbela Espanca.
Não há nada melhor do que começar uma relação. O novo é irresistível. Descobrem-se coincidências que vão desde o mesmo nome dado ao irmão imaginário até à mesma colecção de cromos. É a primeira vez outra vez em tudo. Descobrimos o outro em nós e nós no outro.
No início de todos os inícios sentimo-nos tão estupidamente felizes que seríamos capazes de morrer a seguir, porque achamos que atingimos o ponto máximo da felicidade.
O pior vem a seguir. Como dizia o Picasso: bom é mesmo o início, porque a seguir começa logo o fim. E quando o fim chega, já é tarde demais para voltar atrás. É sempre tarde demais.
Isto do amor é mesmo uma coisa complicada, começa-se do nada, vive-se na ilusão que se tem tudo, mas o que fica quando o amor acaba é um nada ainda maior. E o pior, o pior é que na primeira oportunidade repetem-se os mesmos erros à espera de resultados diferentes, o que é uma boa definição de demência. E quem se considere imune a tais disparates e nunca tenha passado por estas avarias sentimentais, que atire a primeira pedra.
O Miguel Sousa Tavares escreveu: primeiro parece fácil, é o coração que arrasta a cabeça, a vontade de ser feliz que cala as dúvidas e os medos. Mas depois é a cabeça que trava o coração, as pequenas coisas que parecem derrotar as grandes, um sufoco inexplicável que aparece onde dantes estava intimidade. E pronto, já está tudo estragado. Acaba-se a festa, o delírio, o fogo de artifício, o sabor a novidade, e onde vamos parar? Ao vazio. Ao abismo. Ao grande buraco negro dessa coisa horrível e inevitável que se chama depois, depois de se apagar a chama. E esta é a condição humana, doa a quem doer.
Ou, então, a ironia da vida separa os amantes para sempre e o fim do amor é o inicio do mito do amor eterno. Pedro e Inês foram sepultados de frente um para o outro, para que se pudessem ver no dia da ressurreição. Romeu e Julieta nunca mais se separaram no imaginário ocidental. Dante viveu para sempre ao lado da Beatriz, Penélope recuperou o seu guerreiro depois de vinte anos de espera.
O amor, esse mistério que antecede a vida e sobrevive à morte, reina como um tirano por cima de todas as coisas, mas poucos são os que o conseguem agarrar. É mais difícil de alcançar do que o Olimpo, porque não está no céu nem na terra, paira como uma substância invisível, mais leve que o ar, mais profundo que toda a água dos oceanos.
Talvez seja apenas uma invenção dos homens para fugir à morte. Ou talvez tenha outro nome na Bioquímica. Mas não podemos viver sem ele e, quando o perdemos, achamos que nunca mais o vamos conseguir encontrar."
Margarida Rebelo Pinto in A Minha Casa É O Teu Coração

sexta-feira, 24 de junho de 2011

o que não nos mata torna-nos mais fortes?

Nunca pensei voltar a escrever-te mas agora que já passou quase um ano desde que deixaste de fazer parte da minha vida da maneira intensa com que antes fazias é que percebi que deixaste muitas marcas.
Já não gosto de ti. Já não estou apaixonada por ti há muito. E não seria capaz de voltar a estar. De maneira nenhuma.
As marcas que falo são bem mais difíceis de apagar.
És uma pessoa má. Muito má mesmo. E só agora me apercebo disso. E só agora é que vejo o quão cega o amor pode deixar uma pessoa.
Tiraste-me a autoconfiança. Deixei de ser capaz de acreditar em mim mesma e nas minhas capacidades. Trouxeste-me o medo de arriscar. Seja no que for. Fizeste-me acreditar que não sou suficientemente boa para ninguém. E culpo-te por isso, a cada dia que passa. Culpo-te a ti e a mim. Porque caí na tua história de lobo mau armado em bom, qual capuchinho vermelho.
Resta-me esperar e acreditar que o tempo seja realmente a cura de todos os males.

Até lá, um obrigada por me teres tornado uma pessoa um pouco mais fria e calculista.

domingo, 19 de junho de 2011

details

Pormenores. É disso que a vida é feita. Pequenos gestos, poucas palavras, simples olhares. Minúcias que parecem tão pouco mas que na realidade representam tanto. Os pormenores fazem toda a diferença na vida de alguém. E foi precisamente por eu lhes dar tanta importância durante toda a minha vida e por os levar demasiado a sério que viraram nome do meu blog.
Reparo em todos os gestos, todas as palavras. Reparo em muitas coisas que uma pessoa normal deixaria que passassem ao lado. Por vezes dou por mim a desejar nunca ter reparado neste ou naquele pormenor. Ou não me deixar influenciar por ele. Mas é-me inevitável.
A esta minha característica, há quem chame "ser mesquinho". Eu prefiro chamar "ser diferente". Fica mais bonito.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

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Eu, na minha inocência dos 19 anos que tenho, acho que devíamos mesmo ter "um dedo que adivinha", como nos diziam quando éramos crianças. Um dedo que nos respondesse a todas as dúvidas, a todas as perturbações do nosso pensamento. Uma espécie de dedo mágico que resolvesse as nossas incertezas. Bastava pensarmos no assunto e era como se um pássaro nos segredasse qual a melhor decisão a tomar. Se pudesse escolher um super poder, talvez fosse este o que escolheria. Voar? Para quê? Há aviões que fazem isso por nós. Cuspir fogo? Já há guerras que chegam e sobram, no mundo. Agora, um super poder que nos resolva todas as incertezas? Isso sim era de valor.
Já pensaste como a vida seria mais simples se assim fosse? Não cair em erros, não criar ilusões demasiadamente grandes, não tomar decisões erradas. É certo que a vida perderia um pouco o interesse. Deixarias de "aprender com os erros" e de "crescer com as más decisões" mas certamente que serias mais feliz.
Eu cá gostava de ter esse dom. Se souberes de alguém que o possua, avisa-me porque preciso de o pedir emprestado, um dia destes.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

"Quanto mais alto se sobe, maior é a queda".

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Nós, humanos, temos o terrível vício de querer sempre mais, de querer alcançar a perfeição e de sonhar muito alto. Somos assim. Está-nos nos genes, no sangue. Nunca estamos satisfeitos com o que temos, nunca nos sentimos completos e achamos sempre que conseguimos mais. O problema é que muitas das vezes, esquecemo-nos que a vida é instável e que estar no topo não é garantia de nada.
A qualquer momento podemos sofrer uma queda vertiginosa. E quanto mais alto estivermos antes de cair, mais nos magoamos e mais difícil é para nos voltarmos a levantar.  Por isso, temos que começar a pensar que por cada degrau que subamos, devemos ter a certeza que estamos seguros e que não existe nada nem ninguém que nos vá empurrar dali abaixo tão cedo. E só depois disso, avançar mais um degrau.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Como diria o outro, "É a vida!"

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É frustrante quando dás tudo por alguma coisa e em poucos minutos a vês escapar por entre os dedos como se fosse areia. É ainda mais frustrante ver que pessoas que não deram nem metade do que deste conseguem alcançar o objectivo e tu ficas para trás, mais uma vez.
É a lei da vida. Injusta como o raio que a parta. E não há nada que possas fazer para que ela mude.
Tens que aceitar, levantar a cabeça e seguir em frente. Porque a vida é uma autêntica viagem de carrossel. E se te distrais ou te deixas ficar para trás, perdes o melhor da corrida.

domingo, 5 de junho de 2011

Devaneios Irreais #12

Mas afinal porque raio é que tu tens que saber e que querer mandar na minha vida? Que eu saiba ainda sou autodidacta o suficiente e mentalmente saudável para fazer as minhas próprias escolhas.
Que eu saiba, a vida é minha.
Pelo menos para já, vá.
 Posso vir a arrepender-me mais tarde? Posso. É uma hipótese. Não a ponho de parte. Mas... que tens tu haver com isso? Não sou eu que tenho que levar com as consequências dos meus actos e das minhas escolhas? Não sou eu que vou sentir na pele? Então afinal qual é o teu problema? Deixa-me viver a minha vida da maneira que eu quiser, ao ritmo que eu quiser e com as pessoas que eu quiser.
Não percebes que com essas atitudes só pioras a situação?
Eu nunca te fechei a porta e nunca te vou fechar. Nunca te deixei cair. E quando caíste, por razões alheias a mim, fui a primeira pessoa a ajudar-te a levantar. Ainda te lembras disso? Ou será que para ti isso já faz parte de um passado longínquo?
Nunca te prendi. Nunca te cobrei por nada do que fiz por ti. (E foi muito, sabes disso.) Nunca te critiquei por me pores de parte em algumas situações. Nunca te pedi nada em troca. E vou continuar a agir da mesma maneira contigo.
Será que é muito pedir-te que faças o mesmo por mim?

sexta-feira, 3 de junho de 2011

"acredito que a vida não é nada sem amor."

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"Once In Love, Always In Love". Quem disse isto é um génio.
Por muito que digamos que não queremos nada com ninguém, que somos mais livres, mais independentes, e mais senhores de nós mesmos, a verdade é que o ser humano não foi feito para estar sozinho. O ser humano foi feito para amar. Todo ele é amor. De cima a baixo. De baixo a cima. Da direita para a esquerda. Da esquerda para a direita. De dentro para fora. De fora para dentro. Da cabeça aos pés. Dos pés à cabeça. Todo ele. Todo.
Nós temos amor, queremos amor, precisamos de amor. Nós somos amor. E viver sem ele não faz qualquer sentido. Aliás, isso nem seria viver. Seria sobreviver.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

"You're the one that I wanted to find"


Este vídeo deve ser das coisas mais fofas dos últimos tempos. E esta música andou a vaguear pela minha mente o dia todo. Será este o Noah?