Desejo. Era o único sentimento que experimentava naquele momento. Ao vislumbrar aquele homem pela primeira vez (e última, esperava ela) depois do fim não sentiu amor, paixão. Não conseguiu imaginar-se a viver com ele para toda a vida, a partilhar uma rotina. Ele era demasiado fácil para ela, demasiado banal. Amor... agora que pensara bem nunca tinha amado aquele homem. Tinha-o desejado. Tal como acontecia naquele preciso momento. Desejava-o. Desejava tê-lo nos seus braços, beijá-lo, tocar-lhe, senti-lo seu. Desejava sentir-se desejada por ele. Nada mais que isso. Instintivamente correu na sua direcção, apertou o seu corpo contra o dela e beijou-o. Beijou-o com desejo. Ele correspondeu com a mesma ânsia. Desejavam-se mutuamente. Que mais poderiam exigir?
Aniquilaram o desejo, eliminaram a vontade, mataram a ânsia um do outro.
Agora, quando olharem para trás não subsistirá sinal de arrependimento nem ódio.
Podem seguir caminho... cada um para seu lado.
4 comentários:
Imagino *.*
Que texto *.* Sei bem o que é esse desejo que nos confunde como se fosse amor.
obrigada querida $:
gostei muito deste texto!
selo no meu blog!
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