domingo, 19 de setembro de 2010

Desire.

Desejo. Era o único sentimento que experimentava naquele momento. Ao vislumbrar aquele homem pela primeira vez (e última, esperava ela) depois do fim não sentiu amor, paixão. Não conseguiu imaginar-se a viver com ele para toda a vida, a partilhar uma rotina. Ele era demasiado fácil para ela, demasiado banal. Amor... agora que pensara bem nunca tinha amado aquele homem. Tinha-o desejado. Tal como acontecia naquele preciso momento. Desejava-o. Desejava tê-lo nos seus braços, beijá-lo, tocar-lhe, senti-lo seu. Desejava sentir-se desejada por ele. Nada mais que isso. Instintivamente correu na sua direcção, apertou o seu corpo contra o dela e beijou-o. Beijou-o com desejo. Ele correspondeu com a mesma ânsia. Desejavam-se mutuamente. Que mais poderiam exigir?
Aniquilaram o desejo, eliminaram a vontade, mataram a ânsia um do outro.
Agora, quando olharem para trás não subsistirá sinal de arrependimento nem ódio.
Podem seguir caminho... cada um para seu lado.

4 comentários:

Raquel Pires disse...

Imagino *.*

Que texto *.* Sei bem o que é esse desejo que nos confunde como se fosse amor.

marilia . disse...

obrigada querida $:

Maxwel Quintão disse...

gostei muito deste texto!

Raquel Pires disse...

selo no meu blog!